Palácio Nacional de Mafra

Palácio Nacional de Mafra

Palácio Nacional de Mafra, Lisboa, Portugal
Mandado construir no século XVIII pelo Rei D. João V em cumprimento de um voto para obter sucessão do seu casamento com D. Maria Ana de Áustria, o Palácio Nacional de Mafra é o mais importante monumento do barroco em Portugal.
Construído em pedra lioz da região, o edifício ocupa uma área de c. de quatro hectares (37.790 m2), compreendendo c. de 1200 divisões, mais de 4700 portas e janelas, 156 escadarias e 29 pátios e saguões. Tal magnificência só foi possível devido ao ouro do Brasil, que permitiu ao monarca por em prática uma política mecenática e de reforço da autoridade régia. Para o Real Convento de Mafra, encomendou o Monarca obras de escultura e pintura de grandes mestres italianos e portugueses, bem como, em França e Itália, todos os paramentos e alfaias religiosas. Na Flandres, encomendou ainda dois carrilhões com 92 sinos, que constituem o maior conjunto histórico do mundo.
No reinado de D. José I foi criada aqui uma importante Escola de Escultura, sob a direção do mestre italiano Alessandro Giusti, de que são exemplo os retábulos de mármore da Basílica. Foi também o Paço preferido de D. João VI que encomendou, no final do séc. XVIII, pinturas murais para diversas salas bem como um novo conjunto de 6 órgãos para a Basílica.
Este monumento possui uma das mais importantes bibliotecas europeias com um valioso acervo de c. de 36.000 volumes, que abrange todas as áreas de estudo do séc. XVIII. Nunca tendo sido residência permanente da Família Real, o Palácio de Mafra foi até ao fim da monarquia frequentemente visitado pelos monarcas, que aqui vinham celebrar algumas festas religiosas ou passar parte do verão caçando na Tapada. Foi também em Mafra que o último Rei de Portugal, D. Manuel II passou a sua última noite no país antes da sua partida para o exílio quando da implantação da República, a 5 de outubro de 1910. A partir de então o Paço Real foi transformado em museu, tomando a designação de Palácio Nacional de Mafra.
Quando o governo liberal decretou oficialmente a extinção das ordens religiosas em Portugal, em 1830, o Convento foi sucessivamente habitado por diversos regimentos militares, sendo desde à mais de cem anos (1890) sede da Escola Prática de Infantaria.
A Basílica passou a ser utilizada como paróquia da Vila desde 1835. Principais coleções: Pintura sacra encomendada pelo Rei Magnânimo obras de importantes pintores italianos e de portugueses bolseiros em Roma; Coleção de escultura, compreendendo toda a estatuária da Basílica, da autoria de mestres italianos e que constitui a mais significativa coleção de escultura barroca existente fora de Itália. Inclui também a produção da Escola de Escultura de Mafra, dirigida pelo mestre italiano Alessandro Giusti e por onde passaram importantes escultores portugueses, como Machado de Castro; Coleção de paramentos do séc. XVIII de grande qualidade estética e técnica, encomenda real em Itália (Génova e Milão) e em França.
Morada Terreiro D. João V
2640 Mafra GPS 38º 56′ 12″ N 9º 19′ 34″ W

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