Beja, uma cidade a visitar!


A cidade de Beja implanta-se num morro com 277m de altitude, dominando a vasta planície envolvente. O campo surge, assim, como uma fronteira natural entre a vida urbana e a vida rural. Esta realidade marca a vida deste povoado desde a sua fundação, algures na Idade do Ferro. Prova cabal desse momento é o troço de muralha proto-histórica descoberta no decurso das escavações da Rua do Sembrano. Achado da maior importância, dissiparia todas as dúvidas sobre a pré-existência de um povoado anterior à ocupação romana; contudo, continuamos sem saber que povo aqui estaria nem tampouco possuímos qualquer informação sobre a forma como se organizava o espaço pré-urbano.
A cidade de Pax Julia terá sido fundada ou por Júlio César ou por Augusto. Foi capital do conventus Pacensis e administrou juridicamente uma das regiões que constituíam a província da Lusitânia (as outras duas capitais eram Santarém e Mérida). Foi também uma Civitas, ou seja, cidade responsável pela administração de uma região (tratava-se de áreas mais ou menos equivalentes aos nossos distritos) e Colonia. Sem dúvida estamos na presença de uma cidade elementar no funcionamento da grande máquina administrativa que foi a regionalização romana.
Tratando-se de uma cidade com o estatuto já mencionado, estava equipada com um conjunto de edifícios muito importantes. O espaço por excelência onde se tratava a administração jurídica provincial era o Fórum, do qual também fazia parte o templo dedicado ao culto imperial. No caso de Beja, o Fórum localizava-se junto à actual Praça da República, como testemunharam as escavações realizadas por Abel Viana quando se construiu o actual depósito de água (na altura foi identificada uma enorme estrutura que se interpretou como parte das fundações do templo imperial). A importância dos diversos achados que se têm verificado em vários sítios da cidade confirmam-nos a existência de outros edifícios, tais como o teatro, anfiteatro, o circo, as termas, etc., embora a localização para estes espaços continue na esfera das hipóteses. Certamente que a cidade romana sofreu alterações ao longo do tempo, os seus principais espaços adaptar-se-iam às novas regras e modas que sopravam de outros pontos do império
Ler mais em http://www.cm-beja.pt
 
Locais a visitar

Castelo de Beja
Este castelo apresenta características de uma fortificação portuguesa, embora as suas origens remontem à era romana. Foi modificado e ampliado ao longo dos séculos e utilizado pelos Árabes essencialmente como posto defensivo contra os Portugueses que acabariam por reconquistar Beja no século XIII. A torre de menagem – um dos elementos mais notórios do castelo – foi mandada erguer pelo Rei D. Dinis em 1310 e é considerada um dos mais importantes exemplos da arquitectura medieval do país.
Ruínas Romanas de Pisões
Situadas na Herdade da Almagrassa, a cerca de 10 km da cidade de Beja, encontram-se as ruínas romanas de Pisões. As escavações puseram a descoberto uma grande villa romana com mais de quarenta divisões, assim como ricos elementos decorativos nos pavimentos e nas paredes. Também existiu um tanque, uma piscina e banhos termais junto a esta casa, que é vista como um dos melhores exemplos de termas romanas do país.
Estação das Mesas do Castelinho – Almodôvar
O sítio arqueológico conhecido por Mesas do Castelinho encontra-se no Monte Novo do Castelinho. Trata-se de uma grande aldeia fortificada que se julga remontar à Segunda Idade do Ferro em Portugal.
Igreja Matriz de Castro Verde – Castro Verde
A Igreja Matriz de Castro Verde – a Basílica Real – consagra a passagem do Rei D. Sebastião pela aldeia, em 1573. O interior, coberto de painéis de azulejos do século XVII, retrata a Batalha de Ourique, uma das batalhas mais lendárias da história de Portugal.

Calvário das Pedras Negras –Ferreira do Alentejo

Trata-se de uma pequena igreja com uma arquitectura singular. As paredes exteriores desta estrutura cilíndrica apresentam pedras negras embutidas que representam a versão bíblica dos Hebreus, que lançaram pedras a Jesus ao longo do seu caminho até ao Calvário. Esta igreja, considerada um dos monumentos mais importantes de Ferreira do Alentejo, foi reconstruída no século XIX.

Veja também  – Roteiro da Natureza  da Câmara Municipal de Beja
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