Festividades em honra de Santo António
São várias as localidades que comemoram o 13 de Junho dia de Santo António. Estas comemorações são mais reconhecidas na capital de Portugal, que habitualmente assinala este dia com feriado municipal.
As festas de Santo António em Lisboa começam na noite do dia 12 de junho, com as marchas populares, um desfile onde os diferentes bairros de Lisboa competem pela melhor marcha ao descerem a Avenida da Liberdade.
Como habitualmente o desfile será encerrado com fogo de artifício
Tradições de Santo António em Lisboa
Manjericos, versos e quadras (por vezes brejeiras e humorísticas), bandeirolas, sardinhas e fêbras assadas, broa, pimentos, caldo verde, vinho tinto e arraiais populares são os principais ingredientes das tradições lisboetas de Santo António.
Uma das principais tradições das Festas de Santo antónio em Lisboa são os Casamentos de Santo António.
Casamentos de Santo António em Lisboa
Os Casamentos de Santo António constituem provavelmente a mais mediática parte do programa das Festas de Santo António em Lisboa. Em 2012 por exemplo, 16 casais contraíram matrimónio numa cerimónia conjunta transmitida em direto pela RTP. Estes casais, os “noivos de Santo António”, são patrocinados pela autarquia e por empresas.
O contexto histórico
Santo António de Lisboa, nascido no século XII, é uma das figuras “mais populares” da Igreja e mereceu já a atenção de Bento XVI numa das suas catequeses semanais, a 10 de fevereiro de 2010.
“Trata-se de um dos santos mais populares de toda a Igreja Católica, venerado não só em Pádua, onde foi construída uma maravilhosa Basílica que conserva os seus despojos mortais, mas em todo o mundo. São queridas aos fiéis as imagens e as imagens que o representam com o lírio, símbolo da sua pureza, ou com o Menino Jesus no colo, em recordação de uma milagrosa aparição mencionada por algumas fontes literárias”, disse então o Papa.
Ainda em Portugal, Fernando, que viria a assumir o nome de António, foi recebido entre os Cónegos Regulares de S. Agostinho em Lisboa e Coimbra, mas pouco depois da sua ordenação sacerdotal ingressou na Ordem dos Frades Menores [Franciscanos], com a intenção de se dedicar à propagação da fé entre os povos da África.
O santo português, que morreu em Pádua, Itália, no ano de 1231, foi o primeiro professor de teologia na ordem fundada por São Francisco de Assis, tendo ficado famoso pelos seus sermões.
Para o atual Papa, “António contribuiu de modo significativo para o desenvolvimento da espiritualidade franciscana, com os seus salientes dotes de inteligência, equilíbrio, zelo apostólico e, principalmente, fervor místico”.
Na sua catequese, Bento XVI falou num “ensinamento muito importante também hoje, quando a crise financeira e os graves desequilíbrios económicos empobrecem não poucas pessoas, e criam condições de miséria”.
“António convidou várias vezes os fiéis a pensar na verdadeira riqueza, a da cruz, que tornando bons e misericordiosos, faz acumular tesouros para o Céu”, recordou.
Bento XVI destacou ainda “uma atividade apostólica tão intensa e eficaz” na Itália e na França que “induziu muitas pessoas que se tinham afastado da Igreja a reconsiderar a sua decisão”.
O Papa Gregório IX canonizou-o apenas um ano depois da morte, em 1232, também após os milagres que se verificaram por sua intercessão.
Pio XII, em 1946, proclamou Santo António como “Doutor da Igreja”, atribuindo-lhe o título de “Doutor evangélico”.
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